By Amy Barnes ,
Head of Climate & Sustainability Strategy
16/11/2022 · 3-minute read
A proteção do nosso meio ambiente é um ciclo virtuoso: se cuidamos da natureza, então ela cuidará de nós. Altos níveis de biodiversidade desempenham um papel crucial na criação e manutenção da resiliência. Mas a variedade de vidas no nosso planeta está se degradando mais rapidamente agora, como foi enfatizado no Dia da Biodiversidade na COP27. Alguns especialistas avaliam que a taxa de perda de espécies induzida pelo homem pode ser até 1.000 vezes mais rápida do que a média natural.
Isso não é apenas uma má notícia para o planeta, isso também é ruim para os negócios. Mais da metade da geração de valor econômico anual do mundo – algo como US$ 44 trilhões – depende moderada e fortemente da natureza e dos serviços prestados por ela. Esses “serviços do ecossistema” são possibilitados por um alto grau de biodiversidade, mas estão sendo eliminados pelas atividades humanas.
Melhorar a biodiversidade está alinhado com os interesses do setor de seguros porque a biodiversidade diminuída apresenta riscos operacionais, físicos, de transição e de interrupção para um número significativo de empresas. Vemos aqui as 3 formas pelas quais as seguradoras podem agir para promover uma maior biodiversidade.
O bom funcionamento do setor de seguros é sustentado pelo uso sustentável da natureza. As seguradoras têm um grande incentivo para investir na natureza, pois ela reduz os riscos físicos e de transição a que os seus clientes estão expostos.
Os produtos de seguro podem promover o investimento em atividades positivas para a natureza através de:
O relatório Dasgupta ressalta a importância da necessidade de abordar essa questão e existem várias estruturas para ter em conta o valor econômico dos ativos naturais. Contudo, atribuir um valor à natureza é controverso e complexo.
3. Aumentar a defesa da resiliência climática
O seguro desempenha um papel importante ao incentivar medidas de adaptação e fornecer proteção financeira quando ocorrem grandes choques. Reconhecendo o papel das indústrias, o setor de seguros está ativo nas principais cúpulas climáticas e nos fóruns globais sobre a natureza para encorajar reguladores, formuladores de políticas e outros setores financeiros a tomar medidas impactantes sobre a natureza.
O seguro não resolve a crise da natureza, mas o setor pode agir como uma voz ousada para ajudar a mobilizar o financiamento necessário visando o suporte à adaptação e à resiliência ao risco da natureza. Não só por ser a coisa certa a fazer, mas também porque faz sentido para os negócios.